Corinthians - História
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1977 à 1989 - O fim do jejum e a Democracia Corinthiana


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1977 - O Fim do Jejum

Depois da invasão do Maracanã e de fazer a final do Campeonato Brasileiro com o Internacional, o Corinthians entra embalado em 1977 e disposto a acabar com o jejum de 23 anos.

No começo do ano, a equipe do Parque São Jorge faz sua primeira participação em Taças Libertadores da América. Com a condição de segundo melhor time do país, o alvinegro classificou-se para um grupo com Internacional, de Porto Alegre e os equatorianos Nacional e Deportivo Cuenca.

Logo na estréia da competição, o Corinthians vem com mudanças na equipe. O técnico, chamado de burro pela torcida depois da derrota por 3 a 0, para o Guarani, no Pacaembu, é demitido.

Em seu lugar, entra, pela terceira vez, Osvaldo Brandão, o mesmo que deu o último título ao Corinthians em 1954. Na sua estréia, dia 4 de abril, 80 mil pessoas foram ao Morumbi ver o empate em 1 a 1 contra o Inter.

Os jogos seguintes, na Libertadores, porém, não foram tão bons para o técnico. No equador, derrotas por 2 a 1. Em Porto Alegre, outro fracasso: 1 a 0 Internacional.

Com isso, o time apenas cumpriu tabela na competição, após vencer os dois jogos restantes no Pacaembu.

Eliminado logo de cara em sua primeira competição internacional oficial, o Corinthians passou a disputar toda a sua energia no Paulistão.

O resultado todo mundo sabe: o Timão faturou o Paulistão e quebrou o incômodo jejum de 23 anos. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1977").

Encerrada a festa do título, o Corinthians segue em busca de um novo objetivo: vencer um campeonato nacional.

Após chegar perto em 1976, o time, com o status de campeão paulista, entra no Brasileirão de 1977 atrás dessa meta. Nas duas primeiras fases, o timão se dá bem e passa sem dificuldades. Mas, quando chega a terceira fase, pega um grupo forte, com Flamengo, Vasco, Santos e Londrina e é eliminado


1978

Em 1978, a paz estava de volta ao Parque São Jorge. O Corinthians parte agora para o crescimento. Apesar de não trazer o bicampeonato estadual, o time fecha o ano com uma grande recordação: a contratação do meia Sócrates, revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto.

O doutor estréia pelo Timão no dia 20 de agosto, num jogo contra o Santos que levou mais de 100 mil pessoas ao Morumbi e terminou 1 a 1. Mas é no ano seguinte que Sócrates dá a primeira alegria para a torcida alvinegra.


1979

Depois que clube desistiu de participar do desorganizado Campeonato Brasileiro, a conquista do título paulista passou a ser uma obrigação. Com um time cheio de estrelas, como Zé Maria, Amaral, Wladimir, Sócrates e Palhinha, o Corinthians era um dos favoritos naquele campeonato. Mesmo assim, teve que batalhar, e muito, para chegar até a final, onde novamente enfrentou a Ponte e venceu de novo. (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1979").


1980 e 1981

Nos anos seguintes, o alvinegro realizou campanhas apenas regulares no Paulistão, sendo 4º colocado em 1980 e apenas 8º em 1981. No Brasileirão, chegou a ir bem em 80, quando ficou em 5º, porém, despencou em 81 com a 26ª colocação, a pior em toda a história do clube.

Em novembro de 81, o único momento digno de recordações daquele ano: a conquista do Torneio Feira de Hidalgo, conquistado com vitórias sobre o Indepediente, da Argentina, e América, do México.


1982 e 1983 - A Democracia Corinthiana

Com a entrada do novo presidente, Waldemar Pires no lugar de Vicente Matheus, ainda no final de 1981, o Corinthians muda completamente sua estrutura.

A presidência descentralizada de Pires e a presença do sociólogo Adilson Monteiro Alves como gerente de futebol, somadas à articulação política de alguns jogadores daquele elenco permitiram o nascimento de um modelo inédito (e nunca mais repetido) de autogestão no esporte.

A idéia visava unir o elenco e fazer com que ele tivesse o direito de livre expressão para debater sobre decisões dentro e fora de campo. Todos os funcionários do clube, desde o roupeiro até o presidente, tinham o direito a voto, seja para a contratação ou demissão de um jogador.

O movimento logo ganhou o apoio dos jogadores, liderado por Sócrates, Casagrande, Wladimir, Zé Maria, Zenon e cia.

A ideia ia de encontro ao momento político do país, em plena ditadura militar, que censurava e perseguia movimentos populares que pediam a volta da democracia ao país.

E por isso mesmo não só jogadores do Corinthians apoiavam o movimento, mas figuras importantes da música e da imprensa, como Rita Lee, Juca Kfouri, Boni, liderados pelo publicitário Washington Olivetto, que assumiu o marketing corinthiano.

Inclusive foi Washington Olivetto, captando uma ideia durante um debate por volta de setembro de 1982, que cunhou o nome que entraria para a história: Democracia Corinthiana.

Claro que nem tudo eram flores. Parte da imprensa criticava fortemente o movimento. O time perdia, lá vinha paulada: "Tá vendo, estão preocupados com assuntos que não são o futebol..."

Isso porque de fato aluns jogadores estavam tendo destaque fora de campo por levarem o movimento para fora do clube. Inclusive esses jogadores participaram ativamente dos lendários comícios das "Diretas Já", já em 1984.

E dentro de campo, houve resultados positivos: Primeiro, quando o time conseguiu sair da Taça de Prata do Campeonato Brasileiro e chegou à quarta de final na Taça de Ouro, no mesmo ano.

Mas a maior conquista da Democracia Corintiana foi a conquista do bicampeonato paulista, derrotando o São Paulo, na final, dois anos seguidos. (ver "Títulos - Bicampeão Paulista 1982/83").

Para saber mais sobre esse movimento histórico do futebol brasileiro, assista ao documentário "Ser Campeão é Detalhe: Democracia Corinthiana":

Ainda em 1983, no dia 09 de fevereiro, o Corinthians aplicou a maior goleada da história do Campeonato Brasileiro, ao vencer o Tiraentes (PI) por 10 x 1, no Canindé. Esse recorde perdura até hoje (2022).

Ver "Jogos Históricos - Corinthians 10 x 1 Tiradentes (PI) - A maior goleada do Brasileirão (1983)".


1984

Em 1984, Sócrates foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por 1,5 milhões. A venda marca o fim de uma era no clube.

Com dinheiro em caixa, o Timão monta uma verdadeira seleção. Chegam ao Parque São Jorge o atacante João Paulo, ex-Santos, o meia Arthurzinho, o lateral-direito Edson, o goleiro Carlos, o volante Dunga e o atacante Lima.

No Brasileirão, o time se classifica heróicamente para a semifinal, vencendo o Flamengo por 4 x 1, após perder o primeiro jogo por 2 x 0.

Ver "Jogos Históricos - Corinthians 4 x 1 Flamengo".

Porém, na semifinal o Timão cai diante do Fluminense, que seria o campeão daquele ano.

No Paulistão, faz uma boa campanha, mas perde e chance de ser tri ao perder a última rodada da competição (disputada em pontos corridos) para o Santos por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa.

Como disse acima, era uma seleção. Mas uma "Seleção de Papel", como ficou conhecida. Zenon comenta: "Até hoje não entendo como não deu certo aquele time. Eu comparo muito essa história com a do Real Madrid na época do Ronaldo, Zidane, Figo, que foi montado para ganhar tudo e fracassou".


1985

Com o fim da Democracia após as eleições, em abril, o Corinthians volta a ser uma equipe normal, porém, desunida.

O presidente Waldemar Pires, antes de perder as eleições, traz o atacante Serginho, carrasco na final do Paulistão de 1984, e o zagueiro Hugo De León, por US$ 1,7 milhões. Uma quantia recorde na época para o futebol brasileiro.

O ex-beque do Grêmio, no entanto, não corresponde, e o clube passa por um momento difícil. O novo presidente, Roberto Pasqua, vê o Timão ser eliminado cedo no Campeonato Brasileiro e não ficar entre os quatro primeiros no Paulistão.

Em agosto daquele ano, o Timão conquistou a Copa das Nações, nos EUA, enfrentando as Seleções de Chile e Bulgária.


1986

Em 1986, Pasqua, muito criticado, resolve dar uma cara nova à equipe, contratando jovens, como Wilson Mano, Edvaldo, Cacau e Cristóvão. Além deles, chega também o experiente Valdir Peres para disputar uma posição com o goleiro Carlos, titular da Seleção Brasileira na Copa do México, em 1986.

Pouco entrosado, o Timão perde para o Palmeiras nas semifinais do Paulistão e cai diante do América, do Rio de Janeiro, nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro.

O atacante Casagrande, cansado das críticas, resolve deixar o país e parte para a Europa, onde vai defender o Porto, de Portugal.


1987

O ano de 1987 começa com o retorno do presidente Vicente Matheus, que havia dirigido o clube pela última vez em 1981. Assim que entrou. O dirigente fez uma contratação de peso: o meia Jorginho, ex-jogador do Palmeiras. Porém, para desespero da torcida, ele era o único reforço para aquela temporada.

Começou, então, o Campeonato Paulista e a equipe fez uma de suas piores campanhas em todos os tempos. No primeiro turno, em 19 partidas, o time venceu apenas quatro, empatou seis e perdeu nove, ficando assim na penúltima colocação, com 14 pontos ganhos.

Nesse período, três técnicos passaram pelo Timão: Jorge Vieira, Basílio e Formiga.

Na última rodada do trágico primeiro turno, o Timão enfrentou a Ponte Preta, no Pacaembu. Curiosamente, após um gato preto ter cruzado o gramado do estádio, o Corinthians melhorou, venceu a partida por 3 a 0 e partiu para uma incrível virada.

Após essa partida contra a macaca, o Corinthians engrenou e arrancou no campeonato. Contando com o mesmo elenco e jogando contra as mesma equipes, o Timão chegou à liderança, venceu 13 jogos, empatou cinco e perdeu apenas um, para o São Bento, quando já estava classificado para as semifinais.

Ali, jogou contra o Santos e aplicou uma goleada de 5 a 1, com quatro gols do atacante Edmar, artilheiro da competição com 19 gols.

Na final contra o São Paulo, então campeão brasileiro, o Corinthians acabou parando. Mas o mais importante para a Fiel foi que o clube soube reagir e sair da lama. Na decisão, mesmo perdendo o título, a torcida saiu cantando.

Quando tudo parecia ter voltado ao normal, chegou a Copa União e, com ela, mais um vexame. O time terminou na última colocação entre os 16 participantes e conseguiu apenas duas vitórias em toda a competição.


1988

em 1988 o clube voltaria a ser vencedor, conquistando o Paulistão (ver "Títulos - Campeão Paulista de 1988").

Outro fato marcante em 88 foi o encontro entre Corinthians e Corinthian-Casuals, clube inglês que serviu de inspiração para a fundação do nosso Timão. Jogando no Pacaembu com veteranos históricos, o Coringão venceu por 1 x 0, gol do Doutor Sócrates.

Ver "Jogos Históricos - Corinthians 1 x 0 Corinthian-Casuals".


1989

Em 1989, Vicente Matheus assume novamente.

Apesar de reforçado, o time treinado pelo ex-jogador Palhinha não correspondeu às expectativas no Paulistão. Para tentar solucionar o problema, Matheus trouxe o experiente técnico Ênio Andrade. Com ele, o Timão reagiu e chegou até as semifinais do Paulistão, mas perdeu para o São José e caiu fora das finais.

Descontente com o rendimento de Neto, a diretoria do Palmeiras propôs ao Corinthians uma troca: dar o passe do meia, mais o lateral Denys, pelos dos alvinegros Ribamar (meia) e Dida (lateral-esquerdo). Sem pensar duas vezes, o Timão realiza o negócio.

Denys, como já se esperava, não fez nada de bom. Neto, porém, compensou a transação sozinho. No ano seguinte se tornaria um dos ídolos eternos do Timão.

Mas voltando pra 1989. Na Copa do Brasil, fez uma partida fantástica contra o Flamengo, no Pacaembu. O Corinthians havia perdido o primeiro jogo por 2 a 0, no Maracanã, e precisava de uma vitória por dois ou mais gols de diferença em São Paulo.

Liderado pelo meia, autor de dois gols, o Timão chegou a fazer 4 a 1, mas tomou o castigo a dois minutos do final, sendo eliminado pelo gol qualificado.

A derrota, porém, não desanimou a equipe. No Campeonato Brasileiro, o alvinegro fez uma boa campanha e chegou em 6º lugar.


1990 à 2005: Anos dourados


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